Café de Flore

No dia em que vi o filme Café de Flore me dei conta de que não poderia fazer minha estréia no blog falando de outra coisa. Minha motivação para ir ao cinema naquele dia foi o diretor Jean-Marc Vallee, do já fantástico C.R.A.Z.Y.

O filme conta duas histórias paralelas: Em 2010, um DJ canadense que largou um casamento de 20 anos para viver uma história de amor alucinante; e em 1960 uma mãe parisiense que toma conta sozinha do seu filho com síndrome de Down.

O filme começa muito bem e nos envolvemos rapidamente com as duas histórias, ansiosos para sabermos como elas vão se ligar no fim. A trilha sonora merece um comentário especial, pois ela é, definitivamente, o fio condutor das duas tramas.

Vallee soube explorar a sensação que a música pode transmitir. Minha cena preferida é quando o belíssimo Antoine (representado pelo cantor Kevin Parent) descreve o momento em que ele sente que o mundo está conspirando a seu favor, as pessoas estão sorrindo para ele, e ele sente uma vontade louca de viver, tudo isso porque ele está escutando “aquela” música. Impossível não se identificar!!

Outra música que liga as duas histórias é The Great Gig In The Sky do Pink Floyd, numa tentativa (bem sucedida) de representar a angústia do desconhecido. Apesar de a impressa ter falado que o filme é sobre o amor, para mim o filme é sobre o medo: de viver, de morrer e de amar.


Confesso que, como boa cética, não gostei muito do fim. Mesmo assim acho que é um ótimo filme e que vale a pena uma ida ao cinema. Não consegui descobrir quando estréia no Brasil, mas espero que não demore muito :)