Dos filmes dessa nova leva, de longe Whiplash é o meu favorito. Se eu tivesse que descrevê-lo em apenas uma palavra, essa palavra seria “visceral”.
Em termos de história e estrutura narrativa, ele não tem nada de muito novo. É aquela velha obsessão pela perfeição que muitas vezes cai no lugar-comum: a devoção, a prática repetitiva, o aperfeiçoamento, a competição, as privações e a obsessão.
Porém, grande parte por causa de brilhante atuação de J. K. Simons (que vendeu o Oscar de melhor coadjuvante por esse filme), é um filme que leva você ao mais alto grau de tensão durante o tempo todo. Sua intensidade é impressionante: nós vibramos junto com o personagem, entramos dentro da sua busca pela afirmação de ser um gênio da música, conseguimos compreender seus dramas familiares e os elementos que compõem sua complexidade.
Além de tudo, sua trilha sonora é de pirar qualquer um que tenha alguma relação com música ou o mínimo de apreciação pelo jazz. A direção também brilha, porque temos a impressão que o rapaz está mesmo tocando freneticamente e de modo brilhante aquela bateria, fazendo com que nosso estômago fervilhe mais durante o filme.
A história toda é tecida de modo a formar um crescente de tensão. Podemos afirmar que o filme acaba em seu clímax, nos deixando sem rumo no último corte e desesperados para que o filme continuasse, mesmo com a compreensão de que a história se fechou. Whiplash é imperdível, e satisfaz tanto quem procura ver uma grande obra cinematográfica quanto quem apenas quer duas horas de lazer.
Post by Enzo Sunahara
Eu gostei muito do filme também, as atuações do J.K. Simmons e do Miles Teller são incríveis!
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