23 de mar. de 2015

Resenha: Whiplash

Whiplash


Dos filmes dessa nova leva, de longe Whiplash é o meu favorito. Se eu tivesse que descrevê-lo em apenas uma palavra, essa palavra seria “visceral”.


Em termos de história e estrutura narrativa, ele não tem nada de muito novo. É aquela velha obsessão pela perfeição que muitas vezes cai no lugar-comum: a devoção, a prática repetitiva, o aperfeiçoamento, a competição, as privações e a obsessão.


Porém, grande parte por causa de brilhante atuação de J. K. Simons (que vendeu o Oscar de melhor coadjuvante por esse filme), é um filme que leva você ao mais alto grau de tensão durante o tempo todo. Sua intensidade é impressionante: nós vibramos junto com o personagem, entramos dentro da sua busca pela afirmação de ser um gênio da música, conseguimos compreender seus dramas familiares e os elementos que compõem sua complexidade.



Além de tudo, sua trilha sonora é de pirar qualquer um que tenha alguma relação com música ou o mínimo de apreciação pelo jazz. A direção também brilha, porque temos a impressão que o rapaz está mesmo tocando freneticamente e de modo brilhante aquela bateria, fazendo com que nosso estômago fervilhe mais durante o filme.


A história toda é tecida de modo a formar um crescente de tensão. Podemos afirmar que o filme acaba em seu clímax, nos deixando sem rumo no último corte e desesperados para que o filme continuasse, mesmo com a compreensão de que a história se fechou. Whiplash é imperdível, e satisfaz tanto quem procura ver uma grande obra cinematográfica quanto quem apenas quer duas horas de lazer.


Post by Enzo Sunahara

Um comentário:

  1. Eu gostei muito do filme também, as atuações do J.K. Simmons e do Miles Teller são incríveis!

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